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"Música é vida interior..."

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Instrumentarium em Rio Grande

Por José Daniel Telles dos Santos
Violonista e Educador Musical
( jdviolonista@yahoo.com.br )

A cidade do Rio Grande tem sido ultimamente agraciada com projetos culturais de grande valor que apresentam de maneira única, trabalhos de altíssima qualidade no cenário artístico-musical. Podemos destacar projetos como o “Conexão Jazz”, realizado pelo professor Celmer da Rádio Universidade e o projeto “Violões do Sul”, realizado pela academia Espaço Musical JD, entre outros que, raramente ocorrem e que aos poucos vão fortalecendo a cultura local..
Além destes projetos locais, a cidade do Rio Grande é algumas vezes agraciada como o trabalho artístico de profissionais vindos de outras regiões do estado e do país. É o caso do grupo “Instrumentarium”, que inclui frequentemente a cidade do Rio Grande no roteiro de sua turnê. O “Instrumentarium” apresenta em seu trabalho, a música do período Renascentista e Barroco. Para tanto, o grupo utiliza instrumentos de época como o cravo, a viola da gamba, o alaúde, o oboé e violino barroco e as flautas-doces em diversas tessituras. O cenário escolhido para a realização deste trabalho são algumas igrejas do Rio Grande do Sul. Esta escolha contempla a valorização da arquitetura sacra gaúcha através da música antiga.
O concerto apresentado pelo “Instrumentarium” no dia seis de Abril do corrente ano, trouxe a Rio Grande obras musicais do compositor barroco Georg Philipp Telemann (1681-1767). Compositor alemão, Telemann foi contemporâneo de Johann Sebastian Bach, sendo um dos mais prolíferos compositores do barroco tardio. Dirigido pelo músico gaúcho, Rodrigo Calveyra, o “Instrumentarium” apresenta em sua formação, músicos com profundos conhecimentos sobre a prática da interpretação de música antiga. Com atuações no Brasil e no exterior, tanto o “Instrumentarium” quanto os músicos que nele atuam, possuem grande destaque nas atividades que desenvolvem como intérpretes deste repertório.
No programa deste concerto, foram apresentadas seis obras (três trios e três quartetos). Todas estas obras apresentam o baixo contínuo, prática característica do período barroco. Ao contrário do que muitos pensam o baixo contínuo não é um instrumento e sim o nome dado a uma técnica utilizada na textura da música barroca. Nesta textura, essencialmente contrapontística, uma linha de baixo “firme” é contraposta a uma melodia aguda ornamentada, sendo ambas apoiadas por uma harmonia realizada pelas vozes intermediárias. O termo baixo contínuo se deve ao fato do destaque recebido pela linha do baixo, que juntamente com a voz mais aguda, formam as linhas essenciais desta textura. Neste sistema, o compositor escrevia a melodia e o baixo, sendo este, executado num ou mais instrumentos de contínuo (cravo, órgão, alaúde), geralmente reforçado por um instrumento de apoio como a viola da gamba, um violoncelo ou um fagote. No caso do “Instrumentarium” o baixo contínuo é realizado pelo cravo e reforçado pela viola da gamba, quando esta não se encarrega de outras linhas contrapontísticas. Dependendo da obra, o baixo contínuo pode ser simplesmente a execução de acordes arpejados, a introdução de notas de passagem, para dar um colorido à linha melódica do baixo ou até mesmo a criação de motivos melódicos em imitação à voz mais aguda ou outra voz intermediária em destaque.
O grupo “Instrumentarium” apresentou nesta sexta edição, intérpretes de elevada qualidade técnico-musical, todos com larga experiência na prática de música antiga. A performance realizada por estes excelentes músicos foi única e indescritível. Com instrumentos de época, a sonoridade se aproxima mais ainda do que imaginamos ter sido a música praticada há séculos. Desta maneira, podemos viajar no tempo e até mesmo vivenciar ao longo do concerto, a sensação de estar no século XVIII ouvindo música barroca numa igreja da época. Sabemos que a música deste período era intimamente ligada à igreja, por esta razão, a escolha destes locais sacros como cenário para esta viagem musical no tempo, nos aproxima ainda mais do passado que permanece vivo nas mãos de artistas excepcionais como Rodrigo Calveyra, Manfred Kramer, Diego Nadra, Juan Manuel Quintana e Jorge Lavista.
A cidade do Rio Grande fica muito grata por mais uma vez ter sido escolhida para receber o magnífico trabalho do grupo Instrumentarium. Que possamos nos reencontrar muitas vezes ainda e que o trabalho deste grupo possa ser cada vez mais ouvido e reconhecido pelo público em todo o mundo. Até breve!!!

Informações sobre Evento:
Projeto “Música Antiga nas Igrejas” – 6ª Edição

Data: 06 de Abril de 2008;
Hora: 20h;
Local: Igreja Nossa Senhora do Carmo;
Cidade: Rio Grande;
Produção Cultural: Rodrigo Calveyra;
Coordenação Geral: Marli Calveyra;
Patrocínio: Empresas Rondon e Grupo CEEE, através da Lei de Incentivo a Cultura do Ministério da Cultura e Secretaria Estadual de Infra-Estrutura e Logística;
Apoio: Recitatus Centro de Artes
Apoio Local: Prefeitura Municipal do Rio Grande

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Apresentação dos professores na FEPáscoa

A convite da organização da FEPáscoa deste ano (2008), os professores realizaram um show temático no dia 20 de março de 2008. O repertório foi planejado com canções das decadas de 70, 80 e 90. O show reuniu professores das diversas áreas que atuam no Espaço Musical JD.






Obrigado aos alunos que nos prestigiaram neste dia.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Fotos do concerto de alunos e professores / 2007

No final do ano passado (2007), a escola realizou seu primeiro concerto de alunos e professores. Nosso maior objetivo é formar pessoas que possam mostrar e divulgar a arte musical. Os concertos de fim de ano são uma oportunidade para que nossos alunos mostrem seu talento compartilhando o palco com seus professores em uma união pela música. Este momento serve de incentivo e quebra barreiras de aprendizado mostrando que todos são iguais aprendizes.
Nosso agredecimento aos alunos e professores que participaram deste concerto!